Fake News em Cirurgia Plástica
06 de Fevereiro de 2022
 
 

As ‘fake news’ em cirurgia plástica prejudicam o paciente, desvirtuam o exercício correto da profissão pelos bons profissionais, e transformam o ato médico em comércio.
A seguir, uma seleção das 7 principais “fake news” em cirurgia plástica, em forma de questionamentos:

1-Rede social é melhor forma de avaliar o profissional?
Cuidado: a rede social aceita mentiras e informação falsa. É muito comum as fotografias manipuladas (proibidas pelo conselho federal de medicina), os falsos currículos e falsas auto-intituações como referência. Avaliação do currículo do profissional deve feito através do acesso a plataformas que tenham esse propósito: site do conselho federal de medicina site da sociedade de cirurgia plástica. Buscar o CRM e RQE (rgistro de especialista) é fundamental. Solicitar opinião de conhecidos que já foram atendidos pelo profissional é também muito importante.

2-Cirurgias são livres de complicações riscos?
A forma mercantilista como tem sido tratado o tema, nas redes sociais em especial, mostra os procedimentos como a venda de um produto, mas não fala sobre riscos, complicações e dificuldades. Isso inclui também procedimentos ditos minimamente invasivos, não livres de complicações.

3-A equipe de anestesia é dispensável em algumas situações?
A presença do anestesista é sempre necessária para grande maioria dos casos. Cuidado com situações em que o cirurgião dispensa a ajuda do anestesista, com a promessa de realizar um procedimento mais ´simples´, muito comum em algumas cirurgias plásticas. No caso da blefaroplastia (cirurgia palpebral), por exemplo, o procedimento é realizado e forma incompleta e simplificada, sem com conhecimento e prática técnica necessária, e sem o anestesista, para diminuir custos, prejudicando resultados e aumentando os riscos.


4- Pacientes estão recuperados após 24 horas da intervenção cirúrgica?
Existem cada vez mais padronizações táticas em cirurgia para termos a recuperação mais rápida do paciente e seu retorno às atividades e vida normal. Mas o processo de restauração e cicatrização dos tecidos, e de toda resposta metabólica, endócrina e imunológica ao trauma não muda. Faz parte da fisiologia do ser humano, e ocorre em um nível tecidual micróscopico e celular. Temos que respeitar o tempo, as transformações geradas pelo trauma cirúrgico controlado da operação. Cuidado com as ‘promessas’, que são uma ato ilegal de marketing para ‘vender procedimentos’.

5-O cirurgião é bom porque mostra as fotos de antes e depois?
A edição das imagens e mostragem de melhores ângulos no pós operatório é uma realidade; a conduta é proibida pela legislação e Conselho Federal de Medicina e código de ética médico. As fotos editadas enganam pacientes, expõem o paciente (mesmo que com sua autorização não é ético), interferem na boa relação médico paciente, e prejudicam os médicos corretos, a medida que desvirtuam a prática médica e a transformam em uma venda de produto e sujam a medicina. Atenção para fotos de ato operatório imediato, pois nunca correspondem ao procedimento após passar por todas as fazes de cicatrização (mudanças ocorrem na evolução no pós-operatório, e muitas vezes em meses que se tem o resultado final). O cirurgião pode e deve fotografar, com autorização do paciente, e para discussão e acompanhamento do mesmo, mas as fotos são prontuário médico são de sigilo do paciente, o que é previsto por lei.


6-Cirurgia pode ser realizada fora de hospital, em ambulatórios, consultórios, ou sem segurança de unidade de tratamento intensivo?
Não: cuidado com clínicas ou ambulatórios que propõem baixos custos e detrimento de riscos; Muito cuidado em situações nas quais o pós-operatório e feito longe do cirurgião. A situação que impossibilita o tratamento pós-operatório e o cuidado especial na urgências, e as viagens pode oferecer outros riscos graves à evolução pós-operatória.


7-Procedimentos minimamente invasivos como preenchimentos são livres de complicações?
Além de vermos pacientes estigmatizados por rostos modificados que se tornam estranhos pelo uso indiscriminado desses produtos, os preenchedores incluem uma série de complicações: reação de corpo estranho, migração de produto, formação de biofilme, expansão tecidual em excesso provocando flacidez precoce), estão entre algumas Essas complicações na sua imensa maioria acabam por ser tratadas por médicos cirurgiões plásticos. A má indicação, pela falta de domínio sobre as diferentes opções técnicas, incluindo cirúrgicas, no tratamento da face por exemplo, aumenta o número de erros, resultados ruins e complicações.

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