Rinoplastia (cirurgia de nariz)
O nariz ocupa uma posição central na face, exercendo papel fundamental no equilíbrio e estética. Exerce significativa influência nas expressões faciais e até mesmo na personalidade do indivíduo. A rinoplastia visa corrigir as desproporções do nariz, bem como alterações funcionais respiratórias quando existentes, sequelas de trauma, ou até alterações geradas por rinoplastias prévias. A rinoplastia é um procedimento cirúrgico de milímetros. Exige do cirurgião muita minuciosidade, treinamento, julgamento estético e compreensão das expectativas do paciente.
Houve nos últimos tempos uma grande evolução na rinoplastia. Atualmente, a preservação da função nasal respiratória e dos tecidos merecem atenção especial, e alterações de função respiratória devem ser tratadas durante o procedimento estético. Na plástica moderna, deve-se optar por procedimentos mais conservadores com objetivo de reduzir os riscos de mal resultados tardios, e evitar alterações da função respiratória decorrentes de cirurgia. A rinoplastia aberta estruturada, que permite a preservação da função da válvula nasal interna tem importante papel nesse sentido (abordada no ítem técnicas modernas em rinoplastia). Deve-se também produzir um nariz "individualizado", que combine naturalmente com a face, evitando o estigma de ‘nariz operado’.
Consulta médica da rinoplastia
O paciente que consulta com um cirurgião plástico deve saber o que deseja com a cirurgia, bem como deve ser auxiliado a conseguir expressar seus desejos de maneira clara. O diálogo entre cirurgião e paciente é de fundamental, a fim de esclarecer de forma realista o que é possível ser realizado cirurgicamente. Muitos pacientes que procuram rinoplastia não necessitam da cirurgia, e muitos outros possuem ideias fantasiosas a respeito.
Indicações da rinoplastia
Em geral a cirurgia plástica do nariz pode ser indicada após o desenvolvimento completo das estruturas nasais, o que ocorre entre os 15 e 18 anos de idade. Contudo, ainda mais importante do que a idade cronológica, é saber definir o que se espera com o procedimento, e se é um desejo pessoal e profundo, e não apenas uma influência externa.
Procedimento cirúrgico
Durante o procedimento cirúrgico, os ossos e cartilagem são esculpidos de acordo com as características anatômicas de cada paciente, visando melhorar a harmonia facial. Muitas vezes é necessário utilizar enxertos de cartilagem, que são fragmentos de cartilagem retirados do próprio nariz ou de outras regiões do corpo (geralmente da região do septo nasal correspondente a parte interna do nariz), esculpidos e posicionados de maneira a fortalecer a estrutura nasal e corrigir as alterações de contorno.

Fig. Estruturas nasais
As técnicas modernas e clássicas em rinoplastia
O conhecimento por parte do cirurgião das diferentes técnicas, tanto clássicas como modernas é fundamental para obter o melhor resultado de acordo com o paciente. Existem três principais formas de se operar o nariz.
Via aberta ou rinoplastia aberta estruturada: na plástica moderna, tem oferecido excelentes resultados em mãos qualificadas e treinadas, sendo opção para a grande parte dos casos, deixando as demais vias para outras situações, conforme critérios específicos. Nessa via o esqueleto ósseo e cartilaginoso do nariz é completamente exposto através de incisões internas e de uma incisão externa realizada na região do nariz denominada columela. Essa incisão apresenta como característica o fato de ser ‘quebrada’, para maximizar o resultado estético. A visualização direta permite ao cirurgião e trabalhar as estruturas do nariz com mais exatidão, esculpindo as estruturas internas com o uso de enxertos cartilaginosos (fragmentos de cartilagem geralmente retirados do próprio nariz) sendo também muitas vezes melhor para corrigir e evitar produzir alterações de função respiratória.
Via semi-aberta: é realizada através de incisões na parte interna do nariz (na margem inferior), sem cortes externos, sendo indicada para abordagem de dorso e ponta nasal. Permite corrigir deformidades da ponta do nariz, permitindo definir, simetrizar e afinar a ponta. Os problemas de aumento de giba óssea no dorso também são bem abordados por essa via.
Via fechada: nessa via a via a cirurgia é realizada por dentro do nariz. A vantagem é não deixar cicatriz externa, mas possui algumas limitações dificultando a avaliação precisa de algumas estruturas, sendo indicada para casos específicos.
É importante observar que cada técnica tem uma finalidade e uma indicação. Apenas após uma detalhada avaliação, uma tática cirúrgica pode ser planejada, sendo todas as abordagens úteis. Entretanto a indicação da melhor abordagem deve ser precisa e obedecer a critérios rigorosos.


Nas abordagens fechada e semi-aberta, as incisões são realizadas por dentro do nariz.


Na abordagem aberta, além das incisões dentro do nariz, é realizada outra pequena incisão na área do nariz denominada columela.
Tipo de anestesia
Geralmente optamos pela anestesia geral, que protege a via aérea, diminui a resposta ao trauma permitindo menos dor ao paciente. As medicações modernas permitem que o paciente acorde logo após o procedimento, com boa recuperação. Para casos específicos é possível a anestesia local com uso de sedação.
Rinoplastia secundária (segunda intervenção cirúrgica)
A segunda intervenção em rinoplastia (denominada rinoplastia secundária) sempre é um procedimento mais complexo e delicado, devido a modificação da anatomia e o processo de cicatrização gerado por uma intervenção inicial, que torna as estruturas mais delicadas e friáveis.
É possível que o descontentamento em relação ao primeiro procedimento esteja dentro de uma perspectiva subjetiva, não havendo em alguns casos um problema evidente, mas uma insatisfação gerada por expectativas superestimadas em relação ao que é possível cirurgicamente, levando a uma idealização não possível de se atingir na prática. Em outros casos, poderá haver de fato alteração das estruturas, gerando alterações estéticas, com possíveis retrações cicatriciais e/ou problemas funcionais.
Sob essa perspectiva, é fundamental o diálogo claro com o paciente para avaliar se é cirurgicamente possível chegar ao resultado idealizado.
A segunda intervenção não deve ser realizada logo após a primeira, pois deve haver um período para que se possa avaliar a evolução e a modificação da forma do nariz, com a diminuição do edema (inchaço) e a acomodação das estruturas, bem como aguardar a adequada cicatrização dos tecidos. Isso permite uma avaliação adequada da técnica a ser utilizada no reparo, e diminui os riscos e a dificuldade do ato cirúrgico (pela friabilidade dos tecidos ainda em cicatrização). Deve-se, porém, resolver o mais rápido quanto possível o problema do paciente, para aliviar o sofrimento. É bastante raro ser necessário aguardar o período de um ano para a realização de uma segunda cirurgia.
Para avaliação mais precisa, são requisitados exames específicos, como a ressonância magnética do nariz, ou outros testes de avaliação funcional.
A rinoplastia secundária não é realizada da mesma maneira que a rinoplastia convencional. Para elaboração de um plano cirúrgico é necessário avaliar que tipo de técnica e incisões foram realizados na primeira intervenção, com finalidade de programar a tática cirúrgica correta e não comprometer a vascularização e as estruturas nasais.
O uso da rinoplastia aberta estruturada (tipo de abordagem citada em detalhes no item específico deste texto) deve ser considerado se possível, por proporcionar ao cirurgião uma maior exposição das estruturas modificadas pela cirurgia anterior, permitindo uma melhor perspectiva sobre o que foi feito anteriormente e o que proporcionou o resultado insatisfatório, corrigindo com maior segurança os defeitos deixados pela rinoplastia inicial.
Atenção: Este é um site informativo sobre cirurgia plástica, que tem como objetivo o conhecimento geral sobre os principais temas na área. Não substitui a consulta médica, com avaliação criteriosa e individual, e orientações específicas para o esclarecimento de dúvidas.
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