Tumores e lesões de pele e cirurgia reconstrutora
A presença de lesões na pele exige avaliação clínica criteriosa, para o diagnóstico da lesão, e a indicação correta do tratamento, que em alguns casos, mas nem sempre, é cirúrgico. Há diferentes diagnósticos, entre lesões benignas, tumores que podem acometer tecidos mais profundos, e também o câncer de pele. Várias regiões do corpo podem ser acometidas, e o tratamento de áreas delicadas como a face, por exemplo, requer uma abordagem com detalhamento, refinamento e preparo técnico por parte de cirurgião plástico.
Entre as lesões de pele, merece especial atenção o câncer de pele, neoplasia mais frequente no Brasil, que e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados. Apresenta altos percentuais de cura se for detectado precocemente. Por isso, é de fundamental importância o autoexame de lesões suspeitas e o exame médico de rastreamento. Há diferentes tipos de tumores de pele. O tipo não-melanoma é o de maior incidência. Já o melanoma cutâneo, tipo de câncer de pele com origem nos melanócitos (células produtoras de melanina) apesar de representar apenas 4% das neoplasias malignas de pele, é o mais grave devido sua alta possibilidade de acometimento à distância (metástase). O prognóstico desse tipo de neoplasia pode ser considerado bom, se detectado nos estádios iniciais.
Câncer de pele pode ter várias causas, tendo como alguns dos fatores predisponentes a exposição ao sol (radiação ultravioleta), a idade avançada, a imunossupressão e a exposição ao arsênio. É também mais comum em indivíduos de pele clara, sendo as características genéticas e as algumas síndromes genéticas importantes fatores predisponentes.
O tratamento de câncer de pele, bem como qualquer forma de câncer, pode requerer cirurgia para remover os tumores. É um tratamento multidisciplinar, se fazendo necessário, conforme a situação, a presença de outros profissionais, como o oncologista, o cirurgião oncológico ou de cabeça e pescoço, o patologista, o dermatologista, entre outros profissionais. A cirurgia plástica desempenha o importante papel na reconstrução. A avaliação concomitante do dermatologista deve ser feita, e pode ser utilizada a dermatoscopia, exame que desempenha importante papel no diagnóstico e acompanhamento das lesões, e deve ser feito pelo profissional capacitado.
Há diferentes formas de tratamento de acordo com o tipo histológico, local da lesão e características específicas do paciente. Em alguns casos, uma técnica especializada chamada cirurgia de Mohs pode ser recomendada. A técnica envolve a remoção do tumor aparente, junto com uma margem de segurança em geral menor do que na excisão convencional. O tecido retirado é congelado, durante a cirurgia, e em seguida pode ser examinado no microscópio. Se houver alguma margem comprometida, é realizada uma nova excisão e o procedimento é repetido, até que se obtenham margens livres. O tecido é mapeado, de forma que excisões subsequentes são direcionadas ao foco persistente de tumor, o que evita o sacrifício de tecido normal. Pode ser indicada uma biópsia de congelamento. Neste procedimento, a lesão cancerígena é removida e microscopicamente examinada por um patologista antes do fechamento da ferida para assegurar que todas as células cancerígenas tenham sido removidas. O objetivo é encontrar uma margem não comprometida pelo câncer de pele, para permitir a reconstrução da lesão pelo cirurgião plástico. A reconstrução poder ser realizada com diferentes técnicas, para reposicionar tecido saudável sobre a ferida formada pela ressecção da lesão. Podem ser usados, por exemplo, enxertos de pele (pele saudável retirada de uma área do corpo e transferida para o local da ferida) ou retalhos (área de tecido adjacente ou distante do defeito que é transposta com um suprimento vascular). As vantagens e os limites das técnicas cirúrgicas são informados ao paciente, e o procedimento é realizado sempre tentando tornar as cicatrizes e sequelas menos aparentes.
Atenção: Este é um site informativo sobre cirurgia plástica, que tem como objetivo o conhecimento geral sobre os principais temas na área. Não substitui a consulta médica, com avaliação criteriosa e individual, e orientações específicas para o esclarecimento de dúvidas.
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