Toxina botulínica na área estética
A toxina botulínica é composta pela proteína purificada da bactéria Clostridium botulinum. Sua ação é baseada no bloqueio dos impulsos nervosos em áreas específicas onde é aplicada, reduzindo e/ou impedindo a contração muscular, suavizando as linhas de expressão e também prevenindo a formação das linhas adquiridas com a idade.
Os trabalhos pioneiros com a toxina botulínica datam de 1973, e foram realizados por Scott e colaboradores. Desde então, a substância vem sendo utilizada como medicamento para várias doenças neurológicas e oftalmológicas, como o torcicolo espasmódico, tremores, esclerose múltipla, blefaroespasmo, estrabismo, entre outras alterações. Em 1987 Alastair Carruthers e Jean Carruthers, a partir da observação da melhoria estética em um paciente tratado para blefaroespasmo, iniciaram suas pesquisas na área.
A aplicação da toxina botulínica pode ser realizada em associação a outros procedimentos não invasivos, como o preenchimento, ou associada a procedimentos cirúrgicos como a ritidoplastia. Além de tratar as linhas de expressão, pode ter a função da prevenção de sua formação. A toxina botulínica pode ser utilizada para o tratamento do sorriso gengival, e também nas regiões do pescoço e da linha da mandíbula, tornando a área mais jovem e sem a formação de linhas provocadas pela tração do músculo da região (músculo platisma).
A toxina botulínica é bastante segura, principalmente se aplicada em locais recomendados e nas doses corretas. Quando aplicada com conhecimento técnico, anatômico e funcional, e respeito aos limites, não afeta as expressões faciais normais. Não é tóxica ao ser humano, uma vez que está distante da dose letal humana, sendo o produto completamente metabolizado pelo corpo, não permanecendo na circulação.
Existem, porém, contraindicações à realização da aplicação da toxina botulínica, não devendo ser realizada nos(as) seguintes pacientes:
- pacientes grávidas ou em amamentação.
- pacientes com doenças imunológicas e/ou oftalmológicas, determinadas doenças neurológicas ou com comprometimento muscular.
- pacientes em uso dos antibióticos do grupo aminoglicosídeos, por potencializarem as ações da mesma.
- pacientes com processos infecciosos e/ou inflamatórios no local.
O procedimento é simples, realizado rapidamente (em cerca de quinze minutos) através de injeções pouco dolorosas. Como em todo procedimento, as expectativas devem ser realistas em relação ao resultado. Não é necessária anestesia. O efeito dura cerca de seis meses.
Toxina botulínica no tratamento da hiperidrose (suor excessivo em regiões específicas do corpo)
A toxina botulínica, entre outras aplicações na medicina, pode ser utilizada também no tratamento da hiperidrose, que é definida como sudorese que ultrapassa a necessidade de regulação da temperatura do corpo (suor excessivo). Ocorre em locais como axilas, mãos, região plantar dos pés, região frontal da face (testa) ou regiões do couro cabeludo. Pode trazer muito desconforto a seus portadores atingindo, segundo a literatura médica, até 1% da população.
Existem outros tratamentos para a hiperidrose, que devem ser considerados, e o paciente deve ser sempre informado e orientado sobre as possibilidades e características de cada tratamento. A aplicação da toxina botulínica apresenta a vantagem de ser uma alternativa mais segura, bem menos invasiva e simples para o controle da sudorese excessiva. Porém, apresenta a desvantagem de não ser definitiva, havendo a necessidade de reaplicação após período de tempo.
Toxina botulínica no tratamento de assimetrias faciais provocadas pela paralisia facial
Pacientes com paralisia facial apresentam assimetrias na face, ocorrendo desvios faciais que podem ser observados quando a musculatura da face do paciente está em repouso e, principalmente, ao movimento dessa musculatura, como ao sorrir. As principais causas da paralisia facial incluem os acidentes vasculares cerebrais, as lesões cirúrgicas e traumáticas e a paralisia de etiologia não determinada. Há outras causas, como por exemplo, alterações nervosas ou musculares, infecções virais ou bacterianas e as alterações no desenvolvimento.
O tratamento da paralisia facial é complexo. Após a fase aguda, inclui várias técnicas cirúrgicas. Entre elas, os enxertos de nervos, as transferências musculares e técnicas de suspensão, as técnicas de ressecção cutânea como a ritidoplastia, as blefaroplastias e a correção de lagoftalmia (queda da pálpebra inferior).
A toxina botulínica pode ser utilizada para melhorar a assimetria de face em portadores de paralisia facial, associada a procedimentos cirúrgicos (como os citados anteriormente) ou isoladamente.
Atenção: Este é um site informativo sobre cirurgia plástica, que tem como objetivo o conhecimento geral sobre os principais temas na área. Não substitui a consulta médica, com avaliação criteriosa e individual, e orientações específicas para o esclarecimento de dúvidas.
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