Conceitos estéticos na cirurgia plástica do nariz: o que é o belo?
29 de Dezembro de 2017
 
 

Para correção de qualquer anormalidade facial, o cirurgião plástico deve conhecer não somente a anatomia cirúrgica, mas também a anatomia artística, que diz respeito à forma como se relacionam as proporções do corpo humano.
A cirurgia plástica obedece a certos fundamentos estéticos. Sabe-se, por exemplo, que a largura da base do nariz deve ser igual ao comprimento da fenda palpebral (largura dos olhos). Segundo Leonardo da Vinci, o comprimento do nariz deveria ser igual ao dos outros segmentos da face e, desse modo, Da Vinci dividia a face em três segmentos iguais (superior, médio e inferior). Outro exemplos podem ser citados: um nariz comprido exagera ainda mais um rosto longo, e quando se diminui o nariz o rosto aumenta, aparentemente, no sentido transversal, ficando mais arredondado e cheio. Olhos afundados parecem ainda mais profundos se o dorso do nariz (região média e superior) é muito elevado. A região do mento (queixo) também pode interferir: pacientes com retromentonisto (queixo para dentro) podem aparentar ter um nariz mais acentuado. Uma fronte (região da testa) alta, parece maior em um nariz do tipo grego (parte superior do nariz tem inicio mais elevado). Nas mulheres, narizes ‘empinados’ podem em alguns casos dar aspecto mais gracioso. Nos homens, porém, narizes mais retos (ângulo entre o nariz e lábio superior formando 90 graus) dão aspecto de mais força e virilidade.
Sabemos, porém, que a noção de beleza é relativa, não existindo um critério universal para a beleza humana. Para cada povo, assim como indivíduo, há um modo particular de percepção. O conceito de anatomia artística por isso, não é estático, mas dinâmico, e a história pode demonstrar alguns exemplos. O clássico nariz grego, representado pela Venus de Milo, por exemplo, constitui em épocas remotas, um ideal estético, encontrado em povos como alemães, italianos e russos. Em oposto, o nariz romano, representado pela figura de Júlio Cesar, além de apresentar um ideal estético para a época, constitui uma característica racial.
Sabemos ainda que, na arte, o nariz ideal diz mais respeito a noção artística ou estética do autor, do que ao conhecimento anatômico ou geométrico. Daí o motivo da transgressão em certos cânones da beleza por parte de alguns pintores clássicos como Da vinci ou Michelangelo.
É por tantos motivo, que a cirurgia do nariz apresenta tamanha complexidade, que vai além de somente estudos anatômicos e de técnica operatória. O cirurgião deve conhecer não somente a anatomia cirúrgica, mas os princípios da anatomia artística. O nariz ideal diz respeito à noção estética e artística. Sem falar ainda nas repercussões psíquicas sobre o paciente, que interferem no julgamento estético do mesmo, assunto também complexo e para discussão em outro artigo (diríamos mesmo ser o nariz o espelho da face, responsável até mesmo por muitos conflitos psíquicos), tendo por isso cirurgia do nariz implicações mais profundas.
Victor Tejada, MD. Prof. - Cirurgia Plástica e Reconstrutora

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